sábado, 14 de janeiro de 2012

Inquietude...

E quando você menos espera, parece que ela decidiu voltar. Senta-se na berada da cama como se fosse convidada e insinua-se... Em idéias, sentimentos, lugares...

Cada canto de sombra, no coração ou na casa, traz em algum momento distraído do dia a inquietude de sua presença. Já conhecida, como de alguém que vai embora e depois decide voltar, mas que nunca se encaixa, causa qualquer coisa de angustia, de incomodo...

Não sorri, nem chora, não tem raiva ou tristeza, é seca, silenciosa.
Essa presença que atraí medos profundos para a flor de nossa pele, e arrepios pelo corpo todo quando assim, sem querer, esbarra na gente.
Faz florescer pesadelos nos campos dos nossos sonhos,
Porque dela aprendemos a ter medo desde pequeninos...

Medo...
De seu pálido, permanente sorriso de lisos dentes brancos, como toda branca é sua pele, sua cadavérica aparência, sob seu escuro manto com sua velha foice...


Diante de sua presença, eu silencio e espero, espero muito...
“Vá embora!”

[Saia de perto do coração]


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