Qualquer relação entre pessoas é subjetiva, e por isso, me acho no direito de chamar de poesia. Alguns são como João Cabral de Melo Neto, poesias objetivadas. Outros são como Clarice Lispector com sua prosa intimista. Talvez, na minha tese baseada no achismo, até uns tenham essa inquietude aflorada, mas não afirmo nada. Não afirmo porque não posso saber se tudo isso é universal. Queria poder garantir, mas só acho.
Somos poesia, pois acima de tudo, somos sentimentos, somos movidos à isso. A razão é complicada e trabalhosa, é algo que precisamos nos programar e nos obrigar à isso. Não no sentido literal da palavra, mas não é algo espontâneo como o ato de sentir, totalmente involuntário e sem explicação, você apenas sente, porque sente e é ponto final.
Mesmo sem nem achar, somos, sim, poesia. Somos inquietude, somos dúvidas, somos o não-entendimento. E por não entender a si mesmo, tentamos nos entender no outro, e encontrando ou não, sendo mais uma vez sentimento, temos a ilusão de que sabemos a resposta. E daí vem amor, desilusão, saudade, e muito mais amor. Mas no fundo, sempre sentimento, poesia, subjetividade.
Ps: Se você viu isso escrito pela Anna Paula Buaque, nos reencontramos de novo! Sou Hannah e a Anna Paula
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